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Terça, 17 de Julho de 2018 - 08h15
Fagner descarta “máscara” pós-Copa e pede sequência a Tite na Seleção

Correio do Estado

O lateral direito Fagner voltou para o Brasil como o um dos poucos atletas do Campeonato Brasileiro a atuar como titular na Copa do Mundo, mas assegurou que isso não o coloca em uma condição superior ao futebol praticado no país. Mostrando a mesma serenidade típica das suas entrevistas, o defensor corintiano fez uma análise da sua participação no Mundial e pediu que o técnico Tite seja mantido como comandante principal da Seleção.

“A tendência é de evolução quando você está no dia a dia com grandes jogadores a nível mundial. Mas eu sou um cara muito chato, tem que estar sempre melhorando, procurando evolução. Não é porque eu tive condição de jogar a Copa que eu vou voltar achando que eu sou o melhor. Preciso continuar buscando evolução”, disse Fagner, único a ter quatro jogos na Copa entre os atletas que atuam no país.

O cruzeirense De Arrascaeta, uma vez pelo Uruguai, e os flamenguistas Guerrero, duas, e Trauco, três vezes pelo Peru, também tiveram essa oportunidade. Já negociado com o Krasnodar, mas à época jogador do São Paulo, foi outro a ter essa chance pelos peruanos. Bryan Ruiz, contratado pelo Santos, atuou nas três partidas da Costa Rica, mas estava sem clube quando disputou o Mundial.

Consciente da responsabilidade que teve com a camisa do país, Fagner lembrou do momento em que foi avisado pelo técnico Tite que seria o titular na partida contra a Costa Rica, na segunda rodada da fase de grupos. Acionado devido a uma lesão de Danilo, ele brincou com o nervosismo e lembrou da sua estreia pelo Corinthians, numa goleada por 4 a 0 contra o Fortaleza, em 2006.

“Tranquilidade? Para dormir foi difícil para caramba. São momentos inesquecíveis. O treinador bater na sua porta e falar: “vai jogar”. Passa um filme do que tem de fazer. Me assemelha muito ao primeiro jogo como profissional, 17 anos, (Emerson) Leão falou no vestiário que eu estava escalado. São fases da sua vida que você passa. Foi difícil para dormir, mas deu tudo certo”, explicou, exaltando a chance que teve.

“São momentos que vão ficar marcados, para mim foi uma felicidade imensa primeiro ter sido relacionado entre os 23 e depois trabalhando e esperando a oportunidade poder ajudar da melhor forma. Serão lembranças guardadas para sempre com muito carinho. Vivi tudo muito intensamente”, relatou o corintiano, confiante na sequência de Tite no cargo.

“Sem dúvida, ele demonstrou toda a capacidade dele. Em dois anos, uma seleção até então fora da Copa ele conseguiu resgatar o torcedor, o orgulho de torcer pela seleção. Gostaria de vê-lo nesse ciclo completo até o Mundial”, concluiu o defensor alvinegro, que será titular da equipe na retomada do Campeonato Brasileiro, quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra o Botafogo, na Arena.

Além do torneio nacional, no qual ocupa a décima colocação e está 11 pontos atrás do líder Flamengo, o Timão está nas quartas de final da Copa do Brasil, com a Chapecoense pela frente, e nas oitavas de final da Copa Libertadores da América, torneio em que encara o Colo Colo, do Chile. Os mata-matas serão todos em agosto (1 e 15 para a copa nacional e 8 e 29 para a continental).

 
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